quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PARA PURIFICAR A MENTE - ALDRY SUZUKI - SEJAM FELIZES COMO EU SOU!!





Para PURIFICAR A MENTE



Uma das condições para tornarmo-nos felizes é compreender que no mundo criado por Deus não existem males e pecados.

Um copo que contém água suja não ficará limpo enquanto não despejarmos a água suja e a substituirmos por água limpa.

Se em nossa mente gravarmos a ideia de que os males, os pecados e os castigos existem, precisamos eliminar esse pensamento a fim de nos purificarmos.




Oremos assim:



O amor de Deus se derrama sobre mim.

Estou envolto pelo amor de deus

E preenchido pelo mesmo amor divino.

Fui purificado de todos os pecados,

Ódios, rancores e mágoas do passado.

Estou totalmente purificada.

Assim como Deus me perdoou,

Também perdoei  a todas as pessoas.

Obrigada, obrigada, obrigada.




Com  carinho de sua eterna Prof Dr Master Reikiana Aldry Suzuki



CONTEMPLAÇÃO DA AURA SUAVE COMO A LUA CHEIA - ALDRY SUZUKI E SEJAM FELIZES COMO EU SOU!!











CONTEMPLAÇÃO DA AURA 

SUAVE COMO 

A LUA CHEIA


 Ó Deus ,
Fluir para o meu interior
O vosso infinito amor
E fazei resplandecer em mim
Vossa divina luz de amor.


Perdoai os pecados
De todas as pessoas
Com vosso amor.



Em seguida, inspirando lentamente o ar e imaginando o Amor de Deus fluindo para
Dentro de você, mentalize:


O infinito amor de deus


Flui para o meu interior

 e  em mim resplandece a 

luz espiritual do amor.




Imaginando que está envolto por uma aura luminosa e esférica semelhante à lua cheia, de diâmetro maior que sua estatura , mentalize:


Uma aura suave como a lua cheia envolve meu ser.

Comprimindo o ar para o baixo-ventre , mentalize:


Minha aura é suave.

Calorosa, pura é afável.

(soltando lentamente a respiração)


Transmito paz e alegria


A todas as pessoas.

Perdôo os pecados

De todas as pessoas

E amo todas elas.


Com  carinho de sua eterna Prof Dr Master Reikiana Aldry Suzuki









segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

AS ORIGENS DE PORTUGAL E DA LÍNGUA PORTUGUESA - ALDRY SUZUKI










AS ORIGENS DE PORTUGAL E DA LÍNGUA PORTUGUESA



NOÇÕES HISTÓRICAS



DO LATIM VULGAR AO ROMANÇO

Muito pouco se sabe das antigas populações que habitavam a Península Ibérica antes do século III a.C.,quando os romanos a invadiram para expulsar as tropas cartaginesas de Aníbal, na Segunda Guerra Púnica, iniciando o processo de romanização da região. 

A população local contituía uma complexa mistura de raças: celtas, iberos, púnico-fenícios, lígures, gregos e outros grupos mal identificados, que quase nada conservaram de suas línguas nativas.


Apesar da resistência de alguns povos do Norte, já no século I d.C. toda a Península se romanizara, e o latim passou a ser a língua comum, com exceção das regiões montanhosas do Norte, onde as populações mantiveram a língua nativa, o basco, que até hoje é falado.

O latim levado pelos dominadores era o latim vulgar (sermo vulgaris), denominação que compreende as inúmeras variedades da língua falada pelos soldados, colonos e funcionários romanos. 

Esse latim vulgar, mesmo em Roma, diferia do latim literário ou clássico (sermo litterarius), que foi escrito com intensões artísticas, sob influência grega, e foi se depurando até atingir, no século I a.C., a alta perfeição da prosa de Cícero ou da poesia de Virgílio e Horácio.

Com o tempo, foi-se acentuando a diferença entre a língua literária, praticada por uma pequena elite, e a língua corrente, falada pelos mais variados grupos sociais e étnicos da Itália e das províncias incorporadas ao Império Romano, que sob o governo de Trajano, atingiu o máximo de sua extensão geográfica, da Lusitânia à Mesopotâmia e do norte da África à Grã-Bretanha.

Falado em tamanha área geográfica por povos de raças tão diversas, o latim vulgar perdeu sua unidade, já precária de origem, pois servia de meio de comunicação a variadas comunidades de analfabetos. 

Nos centros urbanos mais importantes, o ensino do latim difundia o padrão literário e , com isso, retardava os efeitos das forças de diferenciação. 

Mas, no campo, nas vilas e aldeias, a língua, sem nenhum controle normativo, passou por um processo irreversível de dialetalização. 

Já no século III da nossa era, a unidade linguística do Império não mais existia, ainda que sobrevivessem os vínculos políticos e certa comunidade de civilização. 

É o que se chama de România, em contraste com a Barbária, as regiões habitadas por outros povos.


Alguns fatos históricos contribuíram para acelerar o processo de dialetalização. Entre eles, destacamos:


*Desde 212, o édito de Caracala estendera o direito de cidadania a todos os indivíduos livres do Império, com o que Roma e a Itália começaram a perder a situação privilegiada de que desfrutavam.

*Diocleciano, que governou de 284 a 305, instituiu a obrigatoriedade do latim como língua da administração, mas anulou os efeitos unificadores dessa medida ao descentralizar política e administrativamente o Império em doze dioceses, aguçando os “nacionalismos” regionais e locais.


*em 330, Constantino, que se tornara defensor do cristianismo, transferiu a sedo Império para bizâncio, a nova Constantinopla. Roma, destituída da condição de capital, deixou de exercer a função de reitora da norma linguística.


*Com a morte de Teodósio, em 395, o Império foi dividido entre seus dois filhos. Arcádio ficou com o Império do Oriente, que teve vida longa, perdurando até 1453. Honório fico com o Império do Ocidente, que, depois de sucessivas invasões (hunos, visigodos, ostrogodos, borguinhões, suevos, alanos e vândalos),sucumbiu em 476, quando Odoacro destronou o imperador fantoche Romulus Augustus, apelidado com o diminuitivo Augustulus, “Augustinho”.


As forças linguísticas desagregadoras impuseram-se rapidamente e, já no fim do século V mis falares regionais estavam mais próximos dos futuros idiomas românticos ou neolatinos do que do próprio latim. 

Começa o período que se denomina romanço ou romance (do latim a romanice, que significa “falar à maneira dos romanos”). 

É a denominação que se dá à língua vulgar nessa fase de transição, que termina com o aparecimento de textos redigidos em cada uma das línguas românicas: o francês, o italiano, o espanhol, o sardo, o provençal, o rético, o catalão, o galego-português, o franco-provençal, o dálmata e o romeno.



Entre os ppovos germânicos que invadiram a Península ibérica, os visigodos, que eram os mais civilizados, impuseram-se aos demais (vândalos, suevos, e alanos). 

O  Império Visigótico perdurou até 711, quando Rodrigo , o último rei godo, não pode deter a invasão árabe. 

Esse Império, que se pode chamar de romano-visigótico, tinha como religião o cristianismo e como língua o hispano-românico, legítimo continuador do latim vulgar. 

Excluídos os nomes próprios de pessoas e de lugares, a contribuição goda para o léxico português é pequena, não excedendo de 40 termos.





Do domínio árabe á guerra de reconquista


Movidas pela Guerra Santa, as tribos árabes conquistaram o norte da Áfricae, em 711, desembarcaram na Península Ibérica, onde resistiram até 1492. 

Toda a Espanha visigótica tornou-se domínio muçulmano, a despeito da resistência do pequeno reino do duque Teodomiro e de alguns focos de rebeldia nas montanhas das Astúrias, de onde partiria, mais tarde, o movimento de Reconquista.


Os árabes, sírios e berberes invasores não traziam mulheres e acabavam casando-se com hispano-visigodas, mantendo escravas galegas e bascas. 

Muitos hispanos godos, os moçárabes, viveram sob o domínio muçulmano: uns se islamizaram , outros conseguiram certa autonomia , os mais exaltados influindo na Espanha moura, onde se falava o romanço ao lado do árabe.

Com os árabes, floresceram na Península as ciências e as artes; a agricultura, a indústria e o comércio se desenvolveram, e inúmeras palavras foram introduzidas para designar os novos e variados conhecimentos. Sem contar os topônimos, o léxico proveniente do árabe pode chegar a 1.000 termos. As palavras portuguesas dessa origem referem-se, em geral:


-à organização guerreira: acicate, Adail, adarga, alcaide, alfanje, alferes, aljava, amia, arrebatar, atalaia, ronda, zaga, entre outras;

-à agricultura e à jardinagem: açafrão, açúcar, açucena, alcachofra, alecrim, alface, alfafa, alfazema, algodão, benjoim, berinjela,etc;

-ao comércio, a pesos e medidas: aduana, armazém, arroba, quilate, quintal, etc;

-a ofícios e cargos: alfageme, alfaiate, algibebe, almocreve, almotacel, almoxarife, arrais, caliga, emir, etc;

-a instrumentos musicais: adufe, alaúde, anafil, arrabil, tambor, etc;

-às ciências: álgebra, algoritmo, cifra, zênite, álcool, álcali etc;

Em alguns casos, os árabes foram intermediários de palavras que haviam tomado a outras línguas: 

do grego (alambique, alcaparra, alfândega, alquimia, acelga, arroz); 


do sânscrito (alcanfor, xadrez); 

do persa( azul, escarlate, jasmim, laranja); além das formas arabizadas de palavras latinas (abricó, alcácer, albornoz, almude).

Foi durante o domínio árabe que se acentuaram as características distintivas do romanço peninsular

Na região que compreendia a Galiza (extremo norte da Espanha e a faixa lusitana entre o rio Douro e o rio Minho), constituiu-se uma unidade linguística particular que conservaria sua homogeneidade até o século XIV: o galego-português.

O galego-português, provavelmente, teria contornos definidos desde o século VI, mas é só a partir do século IX que podemos atestar sua existência por meio de palavras que se colhem de textos de latim bárbaro, língua dos documentos forenses da Idade Média, em que, não raro, aparecem vocábulos do romanço regional. Contudo, só no fim do século XII e início do XIII temos os primeiros documentos redigidos integralmente em galego-português, marcando o início da fase propriamente histórica da nossa língua.






A independência de Portugal



O domínio árabe foi mais intenso no sul da Península Ibérica. O norte, montanhoso e pobre, não foi totalmente submetido.

Na região acidentada das Astúrias, teriam se refugiado os nobres visigodos e um deles, Pelágio, teria assumido a liderança de um movimento para “reconquistar” o território perdido.

O que ocorreu nesse período, entre os séculos IX e XI, pe envolto em suposições e lendas.

Nas terras em que ia se desagregando o domínio muçulmano, foram se instaurando os reinos cristãos em torno de três núcleos: o asturiano, que originou o Leão e Castela; o pirenaico, de onde saíram os reinos de Navarra, Aragão e alguns condados mais ou menos autônomos; o de Barcelona, ligado aos francos, que teve uma evolução política, sob muitos aspectos, diferente daquela dos outros Estados hispânicos.

A Leão e Castela estavam subordinados o Condado de Galiza (às vezes designados como reino) e o Condado Portucalense, cuja designação provinha de Portucale, principal povoação situada perto da foz do Douro, povoada e “restaurada” em meados do século IX pelo conde Vimara Peres. Uma descendente desse conde, A condessa Mumadona, fundou um convento em Guimarães,  mandou construir o castelo de São Mamede. 

Essa foi a origem da povoação que serviu de capital do condado e que teve uma importante função política nos primeiros tempos da vida nacional.

Descendentes de Mumadona Governaram Portucale com certa autonomia, entre eles a poderosa família dos Gonçalo Mendes, que mais tarde ajudaram D. Afonso Henriques em suas pretensões à independência.


As regiões mais ao sul formavam também um condado, com sede em Coimbra. Reconquistada aos sarracenos em 1064, foi governada pelo moçárabe Sesnando, uma das figuras mais expressivas da sociedade que ia se formando ao sul do rio Douro. Filho de Judeus, foi capturado pelos mouros e levado para Sevilha, onde abandonou o cristianismo.


Convertido ao islamismo, chegou ao cargo de vizir de Sevilha; era comum um antigo cristão atingir altos postos a serviço dos mouros e, com igual frequência, antigos mouros ocuparem posições importantes junto aos reis cristãos.


Sesnando, já vizir de Sevilha, mudou novamente de religão e colocou-se a serviço de Fernando, o Magno, rei de Leão, a quem o moçárabe teria sugerido a conquista de Coimbra, efetivada pelos cristãos após um prolongado cerco; o astucioso vizir a governou até morrer. Sesnando casou uma filha com o Conde de Portucale, construiu as muralhas na cidade, restaurou a diocese para a qual, à revelia de Roma, escolheu o bispo (origem da lenda do Bispo Negro) e povoou terras do interior.


Essas personagens histórico-lendárias forneceram vasto material à pesquisa e à imaginação de muitos escritores portugueses: Alexandre Herculano recriou o Pelágio em seu Eurico, O presbítero, e o Bispo Negro está em suas Lendas e Narrativas; Eça de Queirós revisitou a saga dos Gonçalo Mendes , na figura rude do Tructesindo, protagonista da novela medieval inscrita em A Ilustre Casa de Ramires.


Nós fins do século XI, Afonso VI. de Leão e Castela,dispõe já de grandes forçasse de grande prestígio na Europa cristã; foi ele que forneceu grande parte dos recursos para a construção de Cluny III, o mais majestoso templo que até então a cristandade erguera.


Entre os cavaleiros que, sob a liderança de D. Afonso VI, o correram à Península Ibérica para lutar contra os mouros, destacam-se dois nobres da Borgonha: os primos D. Raimundo e D. Henrique. Ao primeiro, D. Afonso VI outorgou o Condado de Galiza e deu-lhe em casamento D. Urraca, que viria a ser a herdeira do trono.


D. Henrique de Borgonha casou-se com Tareja (Teresa), filha bastarda do rei de Leão de Castela, e recebeu o governo do Condado Portucalense, que integrava naquela ocasião as duas unidades condais, ao norte e ao sul do curso do Douro.


Essas nomeações teriam o propósito de refrear as tendências de autonomia, já reveladas por Galiza e Portucale em mais de uma ocasião, substituindo, nessas regiões longínquas, o governo de famílias locais pelos membros da família real: D. Raimundo e D. Henrique, agora genros do Rei D. Afonso VI.


Se era esse o objetivo, o resultado foi o oposto do que se esperava, e a ligação da região do Norte com a do Sul. Veio a ser um passo decisivo para a independência portuguesa.
O conde Henrique de Borgonha amplia seus domínios, anexando ao Condado Portucalense os territórios conquistados na campanha contra os mouros.


Seu filho, Afonso Henriques, amplia a autonomia do condado em relação à Castela e, em 1128, inicia o processo de independência, que se desdobra em várias etapas: a guerra do infante português contra o imperador; a Batalha de Ourique contra os mouros, em 1139, consolidando o prestígio de Afonso Henriques, que passa a usar o título de rei; a Conferência de Samoura, em 1143, da qual decorre a enfeudação ao Papa; finalmente, em 1179, o reconhecimento pela Santa  Sé da nova monarquia, o Reino de Portugal, e primeira dinastia, a Casa de Borgonha. D. Sancho, o Povoador, que sucedeu a Afonso Henriques, livra o território português dos últimos focos de resistência moura, consolidando o Reino de Portugual e a Dinastia de Borgonha.



       O caráter nacional português


Três matrizes contraditórias contribuíram para a cultura que inseminava a população portuguesa do século XII: a católica, a islâmica e a hebraica.

Essa contradição terá influência duradoura na modelação do espírito português.

A expulsão de mouros e judeus no fim do século XV e a inquisição foram os aspectos mais dramáticos da destruição sistemática que a cultura triunfante infligiu às culturas opostas, um “genocídio cultural” imposto aos vencidos (técnica e literalmente mais evoluídos), que deixou marcas na maneira de ser portuguesa: “o credo na boca”, a necessidade de viver a parecer o que não se era e de tentar esconder-se da morte invocando uma fé que não se tinha.


O judeu Maimônides defendia o criptojudaísmo, isto é, o direito moral de professar intimamente uma crença e aparentar que se professava outra. 

O islamita Averróis, em Sevilha , filosafava sobre a dupla verdade, isto é, a possibilidade de uma afirmação ser verdadeira do ponto de vista da razão e não o ser do ponto de vista da fé, e vice-versa.


A contradição entre as culturas parece ter definido algumas marcas indeléveis:

um permanente ceticismo em relação aos ideais;
 a legitimação táctica da hipocrisia e do oportunismo;
a desconfiança em relação ao novo, sempre suspeito de pôr em risco a segurança do Estado e a unidade moral da Nação, identificada como um credo único;
a intolerância religiosa e o chauvinismo ideológico.


Por outro lado, parecem ter plasmado no português: a aclimamatabilidade;
a miscibilidade;
o espírito de aventura;
a continuidade de social;
a aptidão pelo trabalho longo, paciente e difícil;
o fatalismo;

o culto da personalidade e uma gama enorme de outros traços , positivos ou negativos, variáveis no tempo e no espaço, mas sempre indiciadores de uma cultura assentada na diversidade e contradição: católicos, árabes e judeus – portugueses de qualquer forma -, experimentados na longa convivência com muitos credos, povos, raças e costumes na América, na África e no Oriente.




Evolução da língua portuguesa


Do latim ao português atual, reconhecem-se os seguintes períodos na evolução da Língua Portuguesa:

a-         Latim lusitânico, língua falada na Lusitânia,desde a implantação do latim até o século V, da qual não há documento escrito;

b-         Romance lusitânico, língua falada na Lusitânia, do século VI ao século IX, da qual também não há registro;


c-         Português proto-histórico, língua falada até fins do século XII, da qual há vestígios em palavras intercaladas nos documentos escritos em latim bárbaro ou em latim tabeliônico, usado nos registros cartorários . Alguns livros didáticos incluem neste período os dois anteriores;

d-         Português arcaico, do século XII(fins) ao XVI, compreendendo dois períodos distintos:

D1- o galego português, do século XII ao XIV;


D2- o português médio, do século XIV ao XVI, em que ocorre a separação do galego-portugues em dois idiomas distintos, e a  língua Portuguesa inicia a transição entre sua fase arcaica e a moderna;



e-         Português moderno, da segunda metade do século XVI até os nossos dias. Em 1536, com a primeira gramática de Fernão de Oliveira, a língua portuguesa começa a uniformizar-se. No mesmo século, com Luís de Camões, atinge a excelência literária.





Expansão da lusofonia

Com os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI, os portugueses ampliaram o império de sua língua por todos os continentes. Ainda hoje, apesar de retração , uma sétima parte da Terra fala português:

A-        Na Europa: Portugual continental, o arquipélago dos Açores e a Ilha da Madeira;

B-        Na África: o arquipélago de Cabo verde, as ilhas de São Tomé e Príncipe e ,no continente, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique;

C-        Na Ásia: Macau (domínio português até dezembro de 1999), além de Goa, Damão, Sri Lanka(ex-Ceilão), Java e Málaca (regiões onde se falam dialetos crioulos);


D-        Na Oceania: parte oriental da ilha de Timor (Timor Leste), anexada à indonésia. A luta pela autonomia do Timor Leste rendeu aos seus líderes, homens de expressão portuguesa , o prêmio Nobel da paz de 1996, atribuído aos timonenses José Ramos Horta e Carlos Felipe Ximenes;

E-         Na América: o Brasil .

“a alma portuguesa, pelo mundo em pedaços repartida ...” segundo Camões. Nossa língua é falada, nos cinco continentes, por mais de 200 milhões de pessoas.



Periodização da literatura portuguesa


Em oito séculos de evolução, a Literatura Portuguesa atravessou as três eras históricas vividas pela Europa: 

a Era Medieval, marcada pelo feudalismo, pelo teocentrismo, do século XII ao XV; 

a Era Clássica, que abrange o Renascimento, o período da Contrarreforma e a restauração dos dos valores clássicos, via Iluminismo, e se estende pelos séculos XVI a XVIII; 

a Era Moderna (ou Romântica), que assistiu às revoluções burguesas, depois à Revolução Industrial, para desaguar no século XX, das duas grandes guerras mundiais, a “era dos extremos”, da máquina, da eletricidade e de todas as inquietações de um universo sob o signo da velocidade.




As escolas , correntes e movimentos literários em que didaticamente se divide a história literária refletem a evolução dos estilos através dos tempos. O contexto histórico-cultural certamente influencia os escritores e lhes fornece substância para suas obras, mas é por meio da linguagem que eles expressam essa substância. 

Literatura é um tipo de trabalho cuja matéria é a linguagem e cuja finalidade é provocar no leitor um determinado prazer de leitura, o prazer literário, semelhante ao que se tem ouvindo uma canção, assistindo a uma peça de teatro ou vendo um quadro ou uma escultura.

A linguagem literária ou artística desenvolveu ao longo da história sua própria tradição, composta do conjunto de obras que já foram escritas.

É em razão desse passado que um escritor, uma geração ou um movimento podem ser avaliados; 

há os diluidores, que nada acrescentam ao que já foi criado;

os mestres, que retomam, aperfeiçoam e atualizam essa tradição;

os gênios, que buscam o novo e instauram muitas vezes uma nova tradição (utilizando aqui uma distinção que fez Ezra Pound entre esses níveis – diluidores, mestres e gênios).


Um dos objetivos do estudo dos estilos literários é a compreensão das várias soluções formais que os escritores vêm criando, ao longo do tempo, para dar expressão aos sentimentos, valores e crenças de cada época, agrupando-os em escolas, correntes, movimentos e estilos, com base em determinadas semelhanças formais ou temáticas.


Essa “classificação”deve levar sempre em conta que literatura é continuidade, e a fixação de datas e limites atende a objetivos puramente didáticos e, às vezes, mais confunde que elucida. 

É o risco inerente a toda generalização. Por exemplo: Camões, que estudaremos dentro do Classicismo, ou do Renascimento português, porque assim o quer uma arraigada tradição didática, está muitas vezes, mais próximo do Maneirismo, ou do Barroco, que da contenção e otimismo clássicos, sem falarmos na expressiva produção medieval, ainda sob os moldes do Cancioneiro Geral.


Os fatos históricos e culturais e o aparecimento de obras inovadoras que são tomados como referência para o início ou fim dos períodos literários devem ser compreendidos como artifícios didáticos, marcos divisórios estabelecidos pelos historiadores da literatura para delimitar períodos cuja gestação levou , por vezes, muitas décadas.


Disso decorrem as nebulosas transições, em que o antigo e o novo coexistem, fontes inesgotáveis de mal-entendidos  e estéreis polêmicas.






Cronologia da literatura portuguesa


Era medieval séculos XII a XV


TROVADORISMO  1200 – 1434
1200 - Cantiga “Ora faz host” o senhor de Navarra”, de João Soares de Paiva(ou Pávia). Primeiro documento literário (data presumida).
El-Rei D.Dinis, Martim Codax, João de Guilhade, D. Sancho I, Pero de Ponte, D. AfonsoX, Martim Soares, Estevão Coelho, Gomes Charinho, Julião Bolseiro, Nuno Fernandes Torneol e Bernal de Bonaval.



HUMANISMO / PRÉ-RENASCIMENTO 1434 – 1527
1434 - Nomeação de Fernão Lopes como Primeiro Cronista- Mor do Reino (mecenatismo oficial).
Fernão Lopes, Gomes Eanes Azurara e Rui de Pina (historiografia ); Garcia de Resende, Duarte de Brito, Diogo Brandão, João Ruiz de Castelo Branco, Jorge Aguiar, Álvaro de Brito, Luís Anriques, Conde Vimioso e Aires Teles (poetas do Cancioneiro Geral); Gil Vicente (teatro).




Era clássica séculos XVI a XVIII


CLASSICISMO RENASCIMENTO  1527 - 1580

1527 – Introdução da medida nova(decassílabos, o soneto e outras formas clássicas), trazidas da Itália por Sá de Miranda.
Bernandim Ribeiro, Cristovão Falcão, Sá de Miranda, Antonio Ferreira, Damião de Góis, João de Barros, Fernão Mendes Pinto e Camões.



BARROCO (CULTISMO E CONCEPTISMO) 1580 – 1756


1580 – Domínio Espanhol (união das coroas ibéricas) e morte de Camões.
Francisco Rodrigues Lobo, Sóror Violante do Céu, D. Francisco Manuel de Melo, Matias Aires, Manuel de Souza Coutinho, Sóror Mariana D Alcoforado, Padre Manuel Bernandes, Padre Antonio Vieira.



NEOCLASSISMO / ARCADISMO E CONCEPTISMO  1756 -1825

1756 – Fundação da Arcádia Lusitana. Correia Garção, Filinto Elísio, Antônio Dinis da Cruz e Silva, Marquesa D Alorna, Nicolau Tolentino de Almeida, Padre José Agostinho de Macedo, Boccage.





Era moderna ou romântica século XIX

ROMANTISMO 1825 – 1865

1825 – Publicação do poema de Camões, de Almeida Garrett, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho, Camilo Castelo Branco, Soares Passos, Júlio Dinis, João de Deus.



REALISMO / NATURALISMO   1865 – 1890

1865 – Questão Coimbrã (ou “Bom senso e Bom Gosto”) – polêmica entre românticos e realistas.
Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Cesário Verde, Eça de Queirós, Gomes Leal, João Penha, Fialho de Almeida, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins e Teófilo Braga.




SIMBOLISMO E TRANSIÇÃO   1890 – 1915

1890 – Publicação de Oaristos, de Eugênio de Castro. Eugênio de Castro, Antônio Nobre, Camilo Pessanha, Teixeira de Pacoais, Afonso Lopes Vieira, Augusto Gil, Florbela Espancam, Aquilino Ribeiro, Raul Brandão, Antônio Patrício e Júlio Dantas.




Modernismo século XX

1915 –Publicação da revista Orpheu, porta-voz do Orfismo. Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros.



SEGUNDA GERAÇÃO PRESENÇA

1927 – Publicação da revista , Porta voz do presencismo. José Régio, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Miguel Torga, Adolfo Casais Monteiro, Antônio Botto e Vitorino Nemésio.



TERCEIRA  NEORREALISMO

1940 – Publicação de Gaibéus, de Alves Redol. Ferreira de Castro, Alves Redol, Vergílio Ferreira, Fernando Namora, José Rodrigues Miguéis, Manoel da Fonseca e Carlos de Oliveira.




Autores contemporâneos


Mário Cesariny de Vasconcelos, Alexandre O Neil, Antônio Ramos Rosa, Sebastião da Gama, Eugênio de Andrade, Herberto Hélder, Fiama Hasse Pais Brandão, Teresa Velho Horta, Sofia de Melo Breyner Andresen, E. M. de Melo e Castro, Ana Hatherly, maria Agustina Bessa, Luís, Luísa Neto Jorge, David Mourão Ferreira, José Cardoso Pires, Augusto Abelaira, Alfredo Margarido, José Saramago.
Meus amores uma pequena introdução dos estilos literários vou postar tudo sobre literatura.. amo vocês, bom estudo com muita paz e luz e que a inteligência divina os oriente, guie em amplo aspecto com glórias e realizações em tudo que almejares, desejares, que suas metas, ideais sejam grandes e com certeza serão vitoriosos como eu sou, amém. Com carinho de sua eterna Prof Dr Master Reikiana Aldry Suzuki bjs




Bom estudo meus amores, toda paz e luz em suas provas, que sua existência seja repleta de glórias e realizações com carinho de sua eterna Prof Dr Master Reikiana Aldry Suzuki